Páginas

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

História da Matemática China e India.


Escola de Pernambuco investe em leitura e cresce em avaliação.


A escola Tomé Francisco da Silva atingiu nota 6,5 no Ideb, superior à da meta nacional estabelecida para 2022 pelo Ministério da Educação (foto: arquivo da escola)O povoado rural de Lagoa da Cruz, no alto de uma serra do Sertão do Pajeú, em Quixaba (PE), a 470 quilômetros de Recife, tem apenas três mil habitantes. De difícil acesso, seria uma localidade esquecida, não fosse a fama do ensino de qualidade da Escola Tomé Francisco da Silva, que atrai alunos das cidades vizinhas. A escola, que tem 800 alunos matriculados em turmas do primeiro ano do ensino fundamental ao final do ensino médio, é destaque tanto no índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) quanto no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Em 2009, a instituição conquistou o título de melhor escola pública de Pernambuco. No mesmo ano, obteve o segundo lugar no Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar, promovido pelo Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed). Para se ter ideia da qualidade do ensino oferecido, a escola atingiu nota 6,5 no Ideb — a meta do Ministério da Educação é atingir, até 2022, a média nacional 6, que corresponde ao índice de países desenvolvidos. No Enem de 2010, a Tomé Francisco obteve nota 585,33 e ficou em primeiro lugar entre as escolas regulares de Pernambuco.

“Não tem receita pronta para o sucesso da gestão escolar porque cada escola tem sua particularidade”, afirma o diretor da instituição, Ivan José Nunes Francisco. No entanto, ele cita, entre os passos da empreitada, o trabalho coletivo dos educadores, que devem receber formação continuada, a atenção aos projetos pedagógicos e o apoio das famílias.

O incentivo à leitura permeia os projetos desenvolvidos durante todo o ano. O Prazer de Ler, que existe há uma década, é voltado para alunos do primeiro ao nono ano. Sua proposta é motivar os estudantes por meio de oficinas de contos, poesias e música. No fim das atividades, eles apresentam uma peça teatral para a comunidade. No ano passado, 120 alunos apresentaram A Menina que Odiava Livros. “Seguimos em três ônibus para abrir os Jogos Escolares Regionais, no município de Afogados da Ingazeira”, lembra o diretor. Este ano, será encenada a peça A Bela Borboleta.

Outro projeto de incentivo à leitura estimula a produção de textos para o blog da escola. “Conseguimos, assim, usar mais intensamente o laboratório de informática”, diz o diretor.

Matemática — Um dos próximos projetos da escola será desenvolvido na área de exatas. “Em 2012, vamos trabalhar também projetos de matemática, física e química, sem abandonar aqueles que têm garantido notas melhores dos nossos alunos em humanas”, adianta a coordenadora de projetos pedagógicos para os anos iniciais, Josilene Quitute. Para atingir a meta de melhorar as notas dos alunos nas disciplinas de exatas, a ideia é mudar a forma de ensinar os cálculos de matemática hoje feitos a giz, no quadro. “Queremos chamar profissionais para explicar como se faz o cálculo de uma área na prática”, explica a coordenadora. 
 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

ENEM


Nas redes sociais, estudantes apoiam a decisão de recorrer

Estudantes de todo o país utilizam as redes sociais para apoiar decisão do Ministério da Educação e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de recorrer de sentença da Justiça Federal do Ceará. Na decisão, o juiz da 1ª Vara Federal, Luis Praxedes Vieira da Silva, determinou o cancelamento, em todo o país, das 13 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado nos dias 22 e 23 de outubro, que teriam sido apropriadas pelos alunos do Colégio Christus, em Fortaleza.

O MEC e o Inep consideraram a medida da justiça cearense desproporcional e arbitrária e decidiram recorrer ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Tão logo essa informação foi divulgada, manifestações de apoio surgiram nas redes sociais do ministério. “O MEC não pode permitir que seis milhões sejam prejudicados por 600”, escreveu o internauta Giovanni Correa.

As manifestações mais frequentes afirmam que o cancelamento é injusto com os participantes que não tiveram acesso prévio aos itens e responderam as questões dentro do tempo de prova. Para o estudante Daniel Lara, “cancelar as 13 questões não soluciona, na verdade prejudica e muito a tal isonomia. A grande maioria do Brasil não teve acesso a essas 13 questões, quem acertou todas foi realmente prejudicado, quem errou está comemorando.”

Na opinião de internautas, a decisão da justiça prejudica os participantes que acertaram os itens. É o caso da estudante Anna Junqueira: “Eu me senti prejudicada, não tive acesso às questões e acertei oito das 13 anuladas. Aí eu não alcanço meus objetivos e terei que fazer cursinho. Passei o ano inteiro estudando para entrar numa federal e acontece esse absurdo.”

A sentença do magistrado cearense, contudo, preserva o Enem, uma vez que afasta a possibilidade de cancelamento da prova em todo o território nacional, como era a pretensão do Ministério Público Federal do Ceará.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Federais vão validar diploma de cursos a distância no exterior

O Ministério da Educação (MEC) definiu novas regras para a validação de diplomas de cursos de graduação a distância emitidos por instituições estrangeiras. Em portaria publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial, ficou definido que passa a ser responsabilidade exclusiva das universidades federais a validação.
Para garantir que o diploma estrangeiro seja reconhecido no Brasil, o estudante deve enviar um pedido de validação a uma universidade que ofereça o mesmo curso concluído por ele, na mesma modalidade a distância.
A consulta às instituições credenciadas para a oferta dessa modalidade de ensino pode ser feita na página eletrônica do Sistema de Consulta de Instituições Credenciadas para Educação a Distância e Polos de Apoio Presencial (Siead) do MEC.

FONTE: http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A Origem do Zero

Embora a grande invenção prática do zero seja atribuída aos hindus, desenvolvimentos parciais ou limitados do conceito de zero são evidentes em vários outros sistemas de numeração pelo menos tão antigos quanto o sistema hindu, se não mais. Porém o efeito real de qualquer um desses passos mais antigos sobre o desenvolvimento pleno do conceito de zero - se é que de fato tiveram algum efeito - não está claro.
O sistema sexagesimal babilônico usado nos textos matemáticos e astronômicos era essencialmente um sistema posicional, ainda que o conceito de zero não estivesse plenamente desenvolvido. Muitas das tábuas babilônicas indicam apenas um espaço entre grupos de símbolos quando uma potência particular de 60 não era necessária, de maneira que as potências exatas de 60 envolvidas devem ser determinadas, em parte, pelo contexto. Nas tábuas babilônicas mais tardias (aquelas dos últimos três séculos a.C.)  usava-se um símbolo para indicar uma potência ausente, mas isto só ocorria no interior de um grupo numérico e não no final. Quando os gregos prosseguiram o desenvolvimento de tabelas astronômicas, escolheram explicitamente o sistema sexagesimal babilônico para expressar suas frações, e não o sistema egípcio de frações unitárias. A subdivisão repetida de uma parte em 60 partes menores precisava que às vezes “nem uma parte” de uma unidade fosse envolvida, de modo que as tabelas de Ptolomeu no Almagesto (c.150 d.C.) incluem o símbolo  ou 0 para indicar isto. Bem mais tarde, aproximadamente no ano 500, textos gregos usavam o ômicron, que é a primeira letra palavra grega oudem (“nada”). Anteriormente, o ômicron, restringia a representar o número 70, seu valor no arranjo alfabético regular.
Talvez o uso sistemático mais antigo de um símbolo para zero num sistema de valor relativo se encontre na matemática dos maias das Américas Central e do Sul. O símbolo maia do zero era usado para indicar a ausência de quaisquer unidades das várias ordens do sistema de base vinte modificado. Esse sistema era muito mais usado, provavelmente, para registrar o tempo em calendários do que para propósitos computacionais. 
É possível que o mais antigo símbolo hindu para zero tenha sido o ponto negrito, que aparece no manuscrito Bakhshali, cujo conteúdo talvez remonte do século III ou IV d.C., embora alguns historiadores o localize até no século XII. Qualquer associação do pequeno círculo dos hindus, mais comuns, com o símbolo usado pelos gregos seria apenas uma conjectura.  
Como a mais antiga forma do símbolo hindu era comumente usado em inscrições e manuscritos para assinalar um espaço em branco, era chamado sunya, significando “lacuna” ou “vazio”. Essa palavra entrou para o árabe como sifr, que significa “vago”. Ela foi transliterada para o latim como zephirum ou zephyrum  por volta do ano 1200, mantendo-se seu  som mas não seu sentido. Mudanças sucessivas dessas formas, passando inclusive por zeuero, zepiro e cifre,  levaram as nossas palavras “cifra” e “zero”. O significado duplo da palavra “cifra” hoje - tanto pode se referir ao símbolo do zero como a qualquer dígito - não ocorria no original hindu.